O empreendedor que resolve investir no modelo de franquia em vez de criar o próprio negócio faz pesquisas e reflete bastante antes de tomar essa decisão. E, depois de tomá-la, é preciso atentar-se para detalhes específicos do setor escolhido, analisar o mercado e buscar respostas para as principais perguntas sobre franquias.
Quanto maior o número de informações, maior é o preparo para atuar em algo novo, certo? Por isso, é importante que você comece do básico. Quais as dúvidas mais comuns quando o assunto é franquia? Será que vale a pena apostar nesse tipo de negócio? Acompanhe o post para obter as respostas que procura!
1. Qual é o investimento inicial necessário?
O investimento exigido na abertura de uma franquia pode variar bastante, e cabe a você questionar o franqueador sobre todos os custos envolvidos. Qualquer gasto adicional pode impactar no retorno do investimento ou inviabilizar a instalação do negócio. Portanto, é crucial ter uma previsão bem realista do valor necessário para iniciar o empreendimento.
Veja o que costuma estar incluído na compra de uma franquia:
- taxa de franquia: valor pago à empresa franqueadora para quem quer se tornar franqueado;
- direito de uso da marca: incluso na taxa de franquia, dá o direito de comercializar em nome da rede;
- obra civil: os gastos com reforma do ponto comercial podem estar inclusos no investimento inicial;
- mobiliário, equipamentos e acessórios: recursos necessários para adequar a loja física ao projeto arquitetônico padrão da franquia;
- estoque inicial e matéria-prima: recursos mínimos para começar os trabalhos;
- capital de giro: necessário para manter a franquia nos primeiros meses de operação. Cada rede já tem esse valor estimado;
- marketing de inauguração: custos envolvidos na divulgação da nova loja;
- sistema de gestão: valor para obtenção da licença do software utilizado pela franqueadora.
2. Quais são o faturamento médio e a margem de lucro?
Essas perguntas sobre franquias são bastante frequentes, afinal, permitem saber se o negócio escolhido atenderá às expectativas do potencial franqueado. Não deixe de conversar com o franqueador, pois partindo de dados de faturamento médio mensal e margem de lucro líquido é possível avaliar a rentabilidade da franquia.
De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento das franquias cresceu 8% em 2017, em comparação com o ano anterior. A estimativa para 2018 é que o crescimento continue e atinja um número de dois dígitos. Segundo dados da mesma associação, o lucro das franquias varia entre 10 e 15% sobre o faturamento.
3. Em quanto tempo é recuperado o investimento?
Esse prazo depende de vários fatores, inclusive da rede escolhida. É possível que o negócio leve algum tempo para começar a dar lucro e gerar retorno sobre o investimento. Para não ter surpresas, não deixe de se informar com a franqueadora responsável (que provavelmente terá esse estudo pronto) e de manter seu capital de giro equilibrado.
Saiba que a ABF trabalha com prazo de retorno de 18 a 24 meses para franquias que demandam investimento mais baixo (chamadas microfranquias) e com um prazo de retorno de 36 meses para redes que exigem maior investimento.
4. Qual é a duração desse tipo de contrato?
O período do contrato considera o tempo que o empreendedor necessita para obter retorno sobre o capital investido. Portanto, se o payback foi calculado em 24 meses, por exemplo, o ideal é que o contrato tenha no mínimo cinco anos — prazo suficiente para que o franqueado pague o investimento e comece a ganhar dinheiro com o negócio.
Muitas pessoas não sabem, mas a renovação do contrato pode envolver custos. Vale se informar com antecedência, pois há redes que cobram todas as taxas de abertura novamente. Algumas empresas, no entanto, dão descontos no processo ou não cobram nada pela renovação.
5. Quais são os gastos após a compra da franquia?
Nem tudo está previsto no investimento inicial definido pelas franqueadoras. É por isso que os gastos gerados após a compra da unidade também aparecem entre as principais perguntas sobre franquias. Se você pretende seguir com a ideia, deve ter conhecimento dos valores para não ser surpreendido no momento em que estiver operando.
Veja abaixo os gastos gerados após a aquisição de uma franquia:
- pró-labore: algumas marcas definem um salário para o dono da rede;
- royalties: é importante conferir se o valor mensal de royalties está dentro da média paga para o segmento escolhido;
- marketing local: além do marketing obrigatório cobrado pelas franqueadoras, o franqueado também precisa custear seu marketing local;
- renovação: como dito, algumas redes cobram taxas para a renovação do contrato;
- manutenção: muitos maquinários e equipamentos demandam manutenção periódica, e esta deverá ser feita por meio de serviços especializados;
- reforma: de tempos em tempos, é necessário renovar a estrutura interna e externa da loja para manter os clientes satisfeitos;
- transporte: dependendo do negócio, o franqueado precisará retirar as mercadorias (matéria-prima e produtos) com seus fornecedores, o que poderá gerar despesas com transporte.
6. Há suporte e treinamento para preparo?
Sim. Boas franquias dão total apoio ao empresário que pretende investir na marca. O suporte é oferecido no início do negócio e também durante as operações, seja para sanar dúvidas, seja para resolver eventuais problemas com agilidade e eficiência.
Para facilitar o entendimento dos processos, o franqueado passa por uma fase de treinamento. O preparo garante a padronização do atendimento e mantém a qualidade do produto em qualquer unidade da rede. Ao longo do tempo, os aprendizados e regras são repassados à equipe para que os funcionários tenham sucesso nas vendas e conquistem a confiança da clientela.
7. Qual é o melhor segmento para investir?
O franchising brasileiro conta com mais de 3 mil marcas disponíveis para quem quer começar um novo negócio. Atualmente, a ABF divide as franquias em 11 segmentos, de acordo com os serviços e produtos oferecidos aos consumidores. Veja quais são:
- alimentação;
- casa e construção;
- comunicação, informática e eletrônicos;
- entretenimento e lazer;
- hotelaria e turismo;
- limpeza e conservação;
- moda;
- saúde, beleza e bem-estar;
- serviços automotivos;
- serviços e outros negócios;
- serviços educacionais.
Apesar das diferenças, todos os segmentos podem trazer bons resultados para o investidor. Os fatores que vão definir a melhor opção são o perfil do empreendedor e suas preferências com relação ao tipo de negócio.
Conseguimos responder suas perguntas sobre franquias? Se você tem interesse em se aprofundar no assunto, confira agora o nosso conteúdo sobre modelos de negócio com orientações para escolher a melhor opção de investimento!