Desde o ano de 2015, o Brasil vem sofrendo com uma grave crise econômica que se instaurou em diversos setores da economia. Embora o cenário pareça muito assustador, a verdade é que ele é, também, uma fonte de oportunidades.
Quem já tem um negócio pode aproveitar o momento para ajustar o empreendimento para que ele cresça e se fortaleça, e quem quer empreender pode aproveitar a situação para inovar. Nesse sentido, inclusive, o brasileiro não tem se deixado abater pela crise. Em 2015, a taxa de empreendedorismo brasileiro foi de cerca de 40%, a maior dos últimos 14 anos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, o número de pessoas que começaram a trabalhar por conta própria aumentou cerca de 6% no primeiro trimestre de 2016 — em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Com isso, o empreendedorismo em tempos de crise é uma possibilidade a ser explorada por quem quer fazer da incerteza uma oportunidade. Esse é o seu caso? Então, veja a seguir o que você precisa saber para ter sucesso.
Neste texto, demonstraremos uma visão de crise como oportunidade tanto para inovação quanto para realizar os ajustes necessários em negócios já existentes. Confira!
Entendendo a crise no Brasil
Para aproveitar a crise como um catalisador de boas oportunidades de negócio, é preciso começar a entender, antes, a sua dimensão e, principalmente, os motivos que levaram o país a entrar nessa situação adversa.
Uma das justificativas para esse cenário remonta aos anos 2000, em que, desde o biênio 2002 — 2003, a população brasileira — especialmente as classes C, D e E — teve um aumento do poder de consumo. Isso foi possível tanto graças ao aumento progressivo do salário mínimo nos últimos anos quanto em relação à instalação e à ampliação de determinadas políticas sociais.
Esse fator colocou mais dinheiro nas mãos da população, que passou a consumir mais e a ter melhores condições de buscar qualidade de vida. Com mais consumo, a indústria passou a produzir e contratar de forma acentuada e a gerar um ciclo — aparentemente — virtuoso para a economia nacional.
Apesar disso, o crescimento pautado no consumo também se apoiou no endividamento das famílias. Com a oferta de crédito elevada, mais grupos familiares começaram a fazer crediários e a usar o cartão de crédito, por exemplo.
A falta de investimentos para criar uma estrutura mais sólida para a economia faz com que toda essa tendência de consumo tenha um prazo de validade, levando ao aumento de moeda circulante no mercado e, portanto, à elevação da inflação ao longo dos anos.
A inflação, por sua vez, tem como impacto a perda de poder de compra das famílias brasileiras. Em longo prazo, portanto, é possível dizer que o aumento do consumo é um dos responsáveis pela situação de crise econômica do país.
Outra questão a ser observada, nesse sentido, diz respeito ao panorama político. A crise não é apenas econômica, mas também política. A reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014 causou as primeiras rupturas políticas no país, e soma-se a isso o fato de que o Congresso eleito oferecia pouco apoio político ao Executivo.
Com isso, diversas pautas — as chamadas pautas-bomba — foram votadas e muitas significaram derrotas importantes para o governo. A governabilidade, então, passou a ficar comprometida e o ajuste fiscal, também.
Houve, ainda, o desenrolar das investigações da operação Lava Jato, cuja apuração principal diz respeito ao esquema de propinas realizado por políticos e empresários na Petrobras.
Os resultados foram complicações financeiras na empresa, com um rombo estimado em mais de R$ 80 bilhões, e consequências ainda mais graves na política. Diversos políticos — grande parte deles de aliados do governo — foram presos, delatados e investigados, trazendo à tona a sensação de desconfiança para a sociedade.
O aumento do dólar — motivado pela queda da bolsa chinesa, já que o país mais populoso do mundo anunciou desaceleração no crescimento — gerou efeitos que ressoaram também no Brasil, já que a China é uma grande importadora de produtos brasileiros e de muitos outros países.
Todos esses fatores somados também diminuíram a confiança do investidor no mercado brasileiro, fazendo com que essa sequência de erros e desconfiança rebaixasse o Brasil nas principais agências de avaliação de crédito do mundo. Com a inflação galopante e as taxas de juros muito elevadas, o crédito e o consumo caíram e a produção da indústria reduziu, levando a demissões e a cada vez menos gastos.
Tenha uma gestão enxuta
No mundo corporativo mundial, o conceito de lean (enxuto) tem sido essencial para melhorar o desempenho das empresas em várias áreas. Atualmente, temos o lean startup para alavancar novos negócios, o lean manufactoring para otimizar a produtividade das fábricas, o lean development para o desenvolvimento de softwares etc.
No cotidiano das empresas, entretanto, destaca-se a gestão enxuta — o lean management. Nela, os negócios abandonam muitas de suas tarefas burocráticas e simplificam as práticas de gerenciamento para manter somente o essencial. Com isso, obtêm-se os seguintes benefícios:
- redução de custos: vários processos serão automatizados, o que reduz o gasto com mão de obra em tarefas repetitivas. Além disso, menos material físico será utilizado, como papel e tinta para impressão;
- aumento da produtividade: a automação permite uma maior agilidade e, portanto, mais tarefas poderão ser feitas em menos tempo. Ademais, você realoca a mão de obra para atividades mais importantes para a estratégia da sua empresa,
Afinal, o que significa ser enxuto? Quais são as novas ferramentas que esse novo modelo de gestão traz?
- automação: várias tarefas, como preenchimento de planilhas, integração de sistemas, cálculos contábeis etc., podem ser realizados por softwares com muito mais eficiência e sem erros;
- fluxo de valor: é o contínuo mapeamento da entrada e saída de produtos e de serviços para localizar gargalos e desperdícios;
- produção sob demanda: em vez de supor o consumo dos clientes, as empresas passam a monitorar a demanda para produzir somente o realmente necessário;
- fluxo de processos: a empresa só deverá manter aqueles processos que impactam diretamente em seus objetivos. Tudo o que for apenas burocracia deve ser eliminado e, para isso, o gestor deve ter a mente aberta para perceber que provavelmente há alguns excessos.
Ao ter uma gestão enxuta, o negócio ganha uma maior capacidade para lidar com a crise, pois, parte do dinheiro gasto com as operações poderá ser redirecionado para investimentos essenciais, como o marketing e a melhoria de produtos.
Escolha modelo de negócios mais simples
A melhor forma de lidar com a crise é preveni-la, e isso pode ser feito lá no início do negócio ao escolher o modelo certo. Abrir um empreendimento demanda muito aporte de capital — principalmente se você começar do zero. Por isso, o empreendedor deve pensar em investimentos mais seguros e baratos, como as franquias.
Na hora da crise, fazer parte de uma rede pode fazer toda a diferença. Afinal, o franqueador terá uma capacidade de investimento maior do que o negócio individual e tomará várias medidas para proteger a sua marca. Isso é benéfico para o empreendedor individual, que terá campanhas de marketing robustas e otimizações nas operações sem precisar ampliar muito os seus gastos.
Além disso, como você terá gasto menos dinheiro para montar o negócio, provavelmente haverá um retorno mais rápido em forma de lucros em vez de operar apenas para pagar o investimento inicial. Com isso, no momento da crise, você terá a menos preocupação em pagar muitas dívidas e entrar em um processo de falência.
Aproveitando as oportunidades de uma crise
Apesar de a crise causar certo pânico entre consumidores e empresários e de ter suas consequências reconhecidamente negativas, ela também gera oportunidades para quem está devidamente preparado para aproveitá-la.
Nesse sentido, a crise é um ótimo momento para duas ações igualmente relevantes: ajustar e inovar. Veja a seguir o que fazer para aproveitar essas oportunidades.
Observe o que não está funcionando
A crise é uma situação que escancara as feridas de um negócio e explora as fraquezas de todos os empreendimentos. Com isso, quanto mais problemas você deixar sem solução, mais vulnerável ficará o seu empreendimento em um momento como esse.
Assim, é muito importante começar fazendo uma avaliação do que não está funcionando no seu negócio antes mesmo da crise. Alguns comércios têm problemas com custos muito elevados, desperdício de matérias-primas ou clientes inadimplentes.
Seja qual for a sua situação, o ideal é que você tome as rédeas para conseguir contornar os problemas. Para isso, converse com os diferentes setores do seu negócio, conheça as dificuldades de cada um e, principalmente, busque a raiz de cada problema. Corrigir somente os efeitos em vez das causas é contraproducente e não tratará os benefícios esperados para o seu empreendimento.
Aja de maneira informada e assertiva
Se informação é poder, durante uma crise ela pode ser o detalhe que fará com que o seu negócio afunde ou sobreviva. Por isso, é muito importante se basear em dados concretos, em análises e projeções para tomar as decisões de maneira totalmente informada.
Por ser um cenário altamente volátil e instável, a crise exige que você tome decisões mais baseadas na razão do que na emoção ou no feeling empresarial. Se for necessário, ajuste a coleta de dados do seu negócio para ser capaz de analisar com mais clareza quais são as melhores decisões em um momento como esse, que admite poucos ou nenhum erro.
Encontre oportunidades para inovar
Estar em um momento de crise não significa que o seu negócio deva ficar estagnado, apenas contendo os efeitos da instabilidade econômica. Pelo contrário, investimentos e inovações feitos da maneira correta podem ter ainda mais retorno em uma situação como essa.
Isso porque, durante uma crise econômica, a reação natural dos concorrentes é frear investimentos e inovações. Por outro lado, é preciso fazer muito mais para convencer o cliente a adquirir um produto ou solução oferecido pelo seu negócio.
Com isso, a inovação funciona não apenas como uma forma de estimular o consumo e melhorar os resultados do negócio, mas também como uma maneira de gerar diferencial competitivo.
Para que isso seja possível é preciso analisar quais nichos estão disponíveis e, principalmente, quais brechas estão sendo deixadas pela concorrência. Fazer essa análise torna os investimentos mais assertivos e permite a inovação de maneira adequada.
Não tenha medo de arriscar
Inovação não combina com rotina ou atitudes repetitivas. Caso você realmente deseje aproveitar as oportunidades da crise, será preciso correr alguns riscos que, se forem devidamente controlados, serão convertidos em bons frutos para o seu negócio, posicionando-o em um local de destaque no mercado.
Ter um negócio no meio de uma crise já é arriscado por si só, mas isso não significa que você deva fechar o seu empreendimento para as oportunidades desse momento. Fazer o que ninguém mais está fazendo no mercado pode ser justamente a diferença entre sair maior da crise ou ficar estagnado.
Planeje-se para crescer diante da crise
O crescimento em uma crise só é possível se ele é acompanhado e sustentado por um planejamento bem estruturado. O desequilíbrio econômico é uma consequência inevitável que assola todo o mercado, mas você pode se preparar para aproveitá-la de maneira adequada.
Ter os recursos suficientes e exigidos para um investimento certeiro, por exemplo, é uma forma de se planejar. Atualizar o planejamento estratégico para o momento de crise e criar planos adaptados para a situação também é uma forma de lidar melhor com as condições imprevisíveis e potencialmente perigosas de um cenário como esse.
Sem planejamento de quais devem ser os próximos passos, por outro lado, o seu negócio passa a ficar sob risco constante e pode não sair muito bem da crise. Por isso, planejamento e pensamento em médio e longo prazo são indispensáveis para sobreviver e crescer nesse período.
Teste e lance novos produtos rapidamente
Justamente por ser um cenário tão indefinido é que a crise econômica não permite que você ou seu negócio percam tempo demais. Embora seja necessário planejar e estruturar com cuidado suas decisões, tudo isso deve ser feito o mais rápido possível.
Isso porque só assim você será capaz de testar, validar e lançar novos produtos em pouco tempo. Isso serve tanto para aumentar o mix de mercadorias que você oferece quanto para aproveitar as demandas sazonais.
Além disso, esse é um ótimo momento de testes para entender o que funciona melhor com o seu mercado consumidor. Depois de lançar produtos com sucesso em uma crise, você terá em mãos mercadorias com muito potencial para um cenário considerado normal, o que poderá levar a um crescimento ainda mais intenso.
As novidades, inclusive, também são fatores estimulantes de compra. Com novos itens chegando ao mercado, é possível que os clientes estejam mais dispostos a gastar com as novidades, levando o seu negócio em direção ao sucesso.
Mantendo o foco
Por ser tão volúvel, um cenário de crise econômica exige o máximo de atenção. Por isso, descuidar de alguns pontos principais pode fazer com que toda a sua estratégia dê errado — e, em alguns momentos, isso pode custar muito caro para o seu negócio.
Embora criar e lançar novos produtos de maneira rápida e constante seja uma etapa importante nesse momento, alguns cuidados não devem ser perdidos de vista. Sem foco, seu negócio pode seguir o caminho certo da maneira errada. Para manter o foco nos itens certos, algumas das atitudes incluem os seguintes cuidados.
Tenha atenção aos custos
Fazer investimentos bem-sucedidos se torna uma tarefa muito mais difícil quando você tem recursos continuamente desperdiçados em seu negócio. Em uma crise econômica, o que você gasta a mais pode ser determinante para o seu fracasso em um cenário hostil.
Por isso, vale a pena manter a máxima atenção aos custos. É preciso fazer um mapeamento e uma análise completa dos processos do negócio e identificar o que pode ser otimizado ou até mesmo eliminado.
Também vale a pena pensar em renegociações de contratos, mudanças de fornecedores e investimentos em tecnologia como forma de reduzir custos. Independentemente disso, entretanto, é fundamental que você tome cuidado para que a redução de custos não signifique perder a qualidade oferecida aos clientes — ou então o efeito será justamente o oposto ao desejado.
Invista na fidelização de clientes
Por falar em clientes, é indispensável pensar na fidelização deles como uma ferramenta para alavancar o negócio. Estima-se que custe cerca de 5 vezes mais atrair um novo cliente do que manter um já existente em sua base.
Como em uma crise econômica seu negócio não pode se dar ao luxo de perder dinheiro ou desperdiçar oportunidades, a fidelização é um caminho sustentável para o crescimento estruturado.
Para que isso seja possível, tudo começa com um bom atendimento. Todo cliente que chega ao seu negócio deve ser tratado de maneira otimizada, aumentando os níveis de satisfação e fidelização. O pós-vendas é outra forma de manter o foco no consumidor. Garantir um acompanhamento das vendas, oferecendo suporte e relacionamento, é uma maneira eficaz de gerar fidelização.
Falando em relacionamento, também é benéfico cuidar para estar presente na vida do cliente sem, necessariamente, fazer uma oferta. O marketing digital é uma boa ferramenta para criar e cultivar relacionamento com os consumidores, seja pelas redes sociais ou pelo uso de newsletters altamente informativas e úteis.
Fique de olho no mercado
A menor alteração de um índice ou de uma situação pode fazer com que a crise apresente mais oportunidades ou dificuldades. Além disso, essa mudança de panorama também deve ser considerada para a tomada de decisão efetiva e bem-sucedida para o seu empreendimento. Por isso, é fundamental que você fique de olho no mercado.
Acompanhe notícias sobre ele, avalie constantemente os indicadores mais importantes para o seu setor e esteja por dentro das principais projeções. Com todas essas informações em mãos, ficará mais fácil criar análises que joguem luz sobre o que é importante para o seu empreendimento.
Essa análise de mercado também é importante porque, embora boa parte dos concorrentes fique estagnada na crise, sempre existirá negócios que saberão aproveitar as oportunidades desse momento. Assim, fazer a análise de mercado permite que você saia na frente e não perca a vantagem competitiva tão arduamente conquistada com as ações anteriores.
Invista em capacitação e motivação
O capital humano é um dos ativos mais importantes de uma empresa e, em uma crise, ele se torna ainda mais relevante. Ter as pessoas certas agindo da maneira adequada faz toda a diferença em situações comuns e pode ser a chave para a porta do sucesso durante esse período.
Por isso, uma forma de manter o foco no seu negócio, mesmo na crise, é olhar para dentro e cuidar de quem cuida do sucesso da empresa: as pessoas. Oferecer treinamentos e capacitações ajuda a melhorar o nível e a qualidade dos serviços, além de também aumentar a motivação.
Mais motivados, os colaboradores são mais produtivos e satisfeitos com o empreendimento para o qual trabalham. Com isso, sua empresa não apenas atinge níveis melhores, como também lida com menos rotatividade e, portanto, tem menos custos.
Dando cuidados especiais para o seu negócio em tempos de crise
A crise econômica exige alguns cuidados redobrados. Embora seja um oceano com oportunidades, ela também pode derrubar o negócio e causar sérios prejuízos se não for dimensionada e administrada da maneira certa.
Para garantir que surfar nessa onda seja possível, veja alguns cuidados que podem ajudá-lo.
Crie um orçamento adequado
O orçamento da empresa merece atenção máxima em um momento de crise. É necessário que todos os setores recebam e utilizem os recursos adequados, de modo a favorecer o crescimento e o desempenho do negócio sem desperdícios ou exageros.
Para isso, é importante fazer um planejamento eficaz. Monte um orçamento estruturado, detalhado e levando em consideração diferentes cenários — quanto mais preparação houver, melhores serão os resultados para o empreendimento durante a crise.
Utilize as ferramentas financeiras adequadas
Ferramentas financeiras também são indispensáveis, especialmente em um momento de crise econômica. O fluxo de caixa, por exemplo, permite que o negócio acompanhe suas movimentações com precisão. Já o fluxo de caixa projetado aumenta a robustez da empresa, por oferecer um panorama das contas a pagar e a receber, garantindo que todos os recursos sejam devidamente utilizados.
Um balanço do tipo Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) demonstra exatamente os custos envolvidos no negócio, permitindo um acompanhamento contínuo. Mediante análises e comparações, por exemplo, é possível identificar etapas que podem ser otimizadas ou modificadas em busca de melhores resultados financeiros.
Vislumbre boas oportunidades de economia
Mais do que apenas cortar custos, é necessário que a sua empresa seja capaz de identificar boas oportunidades para realizar economias em seu processo produtivo e de atuação. Adotar um sistema de gestão, por exemplo, gera não apenas economia financeira ou de tempo, mas também melhora os resultados em longo prazo.
Da mesma forma, mudar de fornecedor pode não apenas trazer vantagens econômicas, mas também mais qualidade ou flexibilidade na oferta de fornecimento. Assim, é preciso que o negócio esteja atento a novas formas de economizar e, ao mesmo tempo, de conseguir melhores resultados para a empresa.
Tome cuidado com as dívidas
Antes de fazer financiamentos ou empréstimos é muito importante avaliar cada decisão do tipo — e não apenas por ser uma espécie de investimento. Em um cenário tão incerto, fazer dívidas pode não ser o melhor caminho para o seu negócio e, por isso, você precisará tomar o máximo de cuidado possível com o comprometimento de recursos.
Avalie muito bem as taxas de juros, pense em qual será o impacto financeiro em seu negócio e cruze o valor das dívidas com as projeções em diferentes cenários para fugir da inadimplência ou do comprometimento perigoso de recursos.
Invista na transparência
Finanças que são movimentadas de maneira oculta ou duvidosa são a receita para o descrédito da empresa, especialmente durante uma crise. Os investidores precisam ter segurança para continuar colocando seu dinheiro em seu negócio, se for o caso, assim como a gestão precisa ter uma visão completa sobre as finanças.
Por isso, é fundamental criar uma cultura de transparência sobre a utilização dos recursos financeiros do negócio. Dessa maneira, fica mais fácil fazer uma análise relevante da situação financeira do empreendimento, podendo, assim, identificar o que merece mais atenção.
O empreendedorismo em tempos de crise é um desafio e um momento repleto de oportunidades. Se por um lado o mercado está instável, por outro ele apresenta ótimos nichos de atuação e demandas que podem ser supridas mais facilmente. Por isso, começar a empreender ou trabalhar para crescer nesse período é uma boa possibilidade para o seu negócio desde que haja planejamento, estruturação e uma tomada de decisão altamente informada.
Ao considerar os diferentes cenários possíveis, a fim de manter o foco no negócio e tomar cuidado com as finanças, o resultado certamente será um empreendimento mais robusto e pronto para o sucesso, ainda que você enfrente condições adversas.
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